Velejo com todos os ventos.

Dentro e fora das "aspas".

Cartas de Amor.

Já dizia o poeta que "todas as cartas de amor são ridículas." Será?

A pesquisadora inglesa Ursula Doyle organizou um livro que reúne missivas românticas de vários homens públicos famosos. “Cartas de Amor de Homens Notáveis” da Editora BestSeller, abrange cartas de personalidades que viveram entre os anos 61 d.C. e 1918, como o rei britânico Henrique VIII, o filósofo David Hume, os escritores Gustave Flaubert, Victor Hugo e Oscar Wilde, os poetas John Keats e Lord Byron e os cientistas Pierre Curie e Charles Darwin. (Quem quiser pode me dar um de presente! =P)

Segue abaixo, alguns fragmentos das cartinhas apaixonadas!

“Não me importa quem venha a saber ou que uso se faça disto – é por ti, somente por ti, tu mesma. Eu fui e sou livre e inteiramente teu, para obedecer, honrar, amar e fugir contigo, quando, onde e como determines.”(Lord Byron para Lady Caroline Lamb)

“Nesta palavra, linda em todas as línguas, e principalmente na tua - amor mio – se resume a existência nesta e na outra vida. Sinto que existo aqui; e sinto que existirei no além, para qualquer propósito que decidas (…) Pensa um pouco em mim quando os Alpes e o oceano se interpuserem entre nós; mas eles nunca o farão, a menos que tu o queiras.” (Lord Byron para a italiana Teresa)

“Oh! Como teria gostado de passar meio dia ajoelhado a teus pés, com a cabeça sobre teus joelhos, sonhando lindos sonhos, contando-te meus pensamentos com lassitude, com arrebatamento, às vezes sem dizer nada, mas pressionando meus lábios contra teu vestido!… Minha alma voa para ti com esses papéis; como um louco, digo-lhes milhares de coisas; como um louco, penso que eles chegam a ti para repeti-las; para mim, é impossível compreender como essas páginas fecundadas dentro de onze dias estarão em tuas mãos enquanto eu permaneço aqui…” (Honoré de Balzac para Condessa Ewelina Hanska)

“Eu a amo, é verdade, até mesmo eu; pelo bem dela estou disposto a tudo sacrificar alegremente – tudo, até mesmo a esperança de ser amado. (…) Meu dever é seguir-lhe de perto os passos, cercar a existência dela com a minha, servir-lhe de barreira contra todos os perigos, oferecer-lhe minha cabeça como apoio, colocar-me incessantemente entre ela e todas as tristezas, sem demandar qualquer prêmio, sem esperar qualquer recompensa.” (Victor Hugo para a esposa, Adèle Foucher)

“Teu amor acaba de infiltrar-se em mim como uma chuva tépida e encharca-me até o fundo do coração. (…) Então, não tendes tudo o que me é necessário para amar-vos – corpo, mente, ternura? És uma alma simples, mas uma mente resoluta, muito pouco poética e extremamente poeta; não há em ti nada que não seja bom. (…) Às vezes, tento imaginar teu rosto envelhecido e me parece que te amarei tanto quanto, ou talvez até mais, do que te amo hoje.” (Gustave Flaubert para Louise Colet)

“Diz-me, que estrela regeu teu nascimento para unir em tua pessoa tantas qualidades diferentes, tão numerosas e tão raras? Despedimo-nos num momento em que muitas coisas estavam a ponto de brotar de nossos lábios. Nem todas as portas entre nós foram abertas. Tu me inspiras um grande respeito e não ouso interpelar-te.” (Gustave Flaubert para George Sand)

“Já se passaram seis anos desde que alcancei meu primeiro grande sucesso na vida ao conquistar-te. (…) Hoje és mais cara para mim, minha criança, do que eras no dia do teu aniversário passado, quando eras mais querida do que no anterior – foste tornando-te progressivamente mais querida desde o primeiro aniversário e não tenho dúvida de que essa preciosa progressão continuará até o fim. Esperemos pelos próximos aniversários, com a idade e os cabelos grisalhos, sem medo e sem depressão, confiantes e convictos de que o amor que compartilhamos será suficiente para abençoá-los.” (Mark Twain, para a esposa, Livy)

“Mais querido dos meninos, tua carta foi deliciosa, como vinho tinto e branco para mim. (…) Preciso ver-te logo. És o divino objeto do meu desejo, um ser de graça e beleza. (…) Em alguns momentos, pensei que seria melhor nos separarmos. Ah! Momentos de fraqueza e de loucura! Agora vejo que isso teria mutilado minha vida, arruinado minha arte, destruído os acordes que compõem uma alma perfeita. Mesmo coberto de lama, eu te louvarei; dos abismos mais profundos, clamarei por ti. Na minha solidão, tu estarás comigo. Estou decidido a não me revoltar, mas aceitar todos os ultrajes pela devoção ao amor.” (Oscar Wilde para Lord Alfred Douglas)

“Sentirei amargura por meu coração ter sido tratado como bola de futebol. Tua mente está longe e desconfio que tens distrações.” (John Keats para a sua noiva, Fanny Brawne, em 1819).

“Não te amo mais; detesto-te. És horrenda, muito idiota e desajeitada. Não me escreves nunca, já não amas vosso marido.” (Napoleão Bonaparte para sua esposa, Josephine, em 1796). (Chorei de rir com essa!)

“Se estou me afastando de ti à velocidade da corrente do Ródano, é somente para poder tornar a ver-te mais cedo.” (Napoleão Bonaparte para sua esposa, Josephine, em 1796).

“Espero logo poder apertar-te em meus braços e fazer chover sobre ti um milhão de beijos ardentes como as chuvas abaixo do Equador.” (Napoleão Bonaparte para sua esposa, Josephine, em 1796).

“Minha amada Josephine domina meu coração e minha mente.” (Napoleão Bonaparte para sua esposa, Josephine, em 1796).

“Chego a Milão, precipito-me para teu ‘appartement’, abandonei tudo para te ver, e não estavas lá; corres para as cidades onde há festejos; tu me deixas quando chego, não te interessas mais por teu querido Napoleão.”(Napoleão Bonaparte para sua esposa, Josephine, em 1796).

“Tão perto! Tão distante! Nosso amor não é uma edificação celeste, mas é tão firme quanto a fortaleza do céu.” (Ludwig von Beethoven)

“Querida esposinha, rogo-te que: não fique triste, cuide da saúde e tenha cuidados com as brisas da primavera.” (Wolfgang Amadeus Mozart para Constanze, em 1789, assinado com o apelido íntimo Plumpi-Strumpi).

* Fontes: Site IstoÉ e Veja.

Foto via mighty2save.tumblr.com

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