Velejo com todos os ventos.

Dentro e fora das "aspas".

E tudo começa outra vez... Agora: 2011!


"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que deu o nome de ano, foi um individuo genial! Industrializou a esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante vai ser diferente".

2011

Carlos Drummond de Andrade

Noite Feliz...


Feliz Natal!

Que seus caminhos ao longo de 2011 sejam belos e tranqüilos...

Você Sabia?!?


Quando uma mulher diz que uma coisa não vai dar certo, é batata! Praga de mulher? Não! É só a habilidade que ela tem de captar e interpretar sinais quase invisíveis. É isso que a faz conversar com plantas e animais, saber quando estão lhe mentindo, descobrir a verdade e prever o fim do relacionamento. Ela é capaz de fazer transferências entre os hemisférios cerebrais muito rapidamente.

- Do livro “Homens e Mulheres” de Layr Ribeiro.

A mulher quase nunca é surpreendida observando um homem, mas sempre consegue flagrá-lo devorando-a com os olhos. Isso acontece porque o homem enxerga mais longe, mas a mulher ela enxerga bem mais! O homem tem visão de longo alcance e a mulher tem visão periférica.

- Do livro “Para Falar Bem” de Reinaldo Polito.

O homem não é muito falante. Sua evolução deu-se como caçador, não como comunicador. Para caçar, bastavam-lhe sinais não verbais. Às vezes, eram horas e horas em silêncio, à espera da presa. A mulher, por sua vez, não só aprende a falar primeiro que o homem, mas aos três anos de idade, tem um vocabulário muito superior ao dele e fala quase corretamente.

- Do Livro “Homens e Mulheres” de Layr Ribeiro.

O homem evoluiu com três responsabilidades: guerrear, proteger e resolver problemas. Em momento algum lhe disseram que ele precisava se comunicar. Já o cérebro feminino vem estruturado para falar! Por isso a mulher pensa em voz alta... Falando, a mulher compartilha – é o seu modo de agradar. O homem não tem a mesma sensibilidade. Então, quando ela fala, ele acha que ela está repassando seus problemas para ele resolver.

- Do livro “Homens e Mulheres” de Layr Ribeiro.


A gente fala muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito... rs

Sou suspeita! =)

Sigo palavras e busco estrelas...

Photo by Johnny Horne/AP

“É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela”.

Nietzsche

Depois Daquela Viagem...

[...] Quanto ao preconceito, às vezes ainda me sinto como Edward mãos-de-tesoura, preso em seu castelo, fazendo obras de arte porque não há outro jeito com o qual possa tocar as pessoas. Lembra-se desse filme? Mas quem sabe um dia todos nós aprenderemos e a cada vez que conhecermos alguém, seja ela ou ele, branco, preto, amarelo, vermelho, gordo, magro, feio, bonito, judeu, muçulmano, homessexual, alto, careca, adotado, gago, anão, com AIDS, sem AIDS, rico, pobre, cabeludo, fanho, cego, corcunda, excepcional, vesgo, inteligente, olhos puxados, olhos azuis, palestino, árabe, comunista, capitalista, superdotado, hemofílico, bicho-grilo, miserável, graduado, travesti, místico, sem-terra, mexicano, americano, empregado, patrão, prostituta, enfermeira, médio, padre, novo, velho, ateu, tatuado, com tuberculose, com hanseníase, com mãos-de-tesoura, sem braços, surdo, paraplégico, mudo, ignorante... Nos lembraremos de que, antes de tudo isso, é apenas uma pessoa. E melhor ainda será se, depois de tudo isso, ainda pudermos ser amigos [...].

Trecho do Livro “Depois daquela viagem – Diário de bordo de uma jovem que aprendeu a viver com AIDS” de Valéria Piassa Polizzi.

Minha Casa. Sua casa. A Casa De Cada Um.


É mais fácil
Cultuar os mortos
Que os vivos
Mais fácil viver
De sombras que de sóis
É mais fácil
Mimeografar o passado
Que imprimir o futuro...

Não quero ser triste
Como o poeta que envelhece
Lendo Maiakóvski
Na loja de conveniência
Não quero ser alegre
Como o cão que sai a passear
Com o seu dono alegre
Sob o sol de domingo...

Nem quero ser estanque
Como quem constrói estradas
E não anda
Quero no escuro
Como um cego tatear
Estrelas distraídas
Quero no escuro
Como um cego tatear
Estrelas distraídas...

Amoras silvestres
No passeio público
Amores secretos
Debaixo dos guarda-chuvas
Tempestades que não param
Pára-raios quem não tem
Mesmo que não venha o trem
Não posso parar
Tempestades que não param
Pára-raios quem não tem
Mesmo que não venha o trem
Não posso parar...

Veja o mundo passar
Como passa
Uma escola de samba
Que atravessa
Pergunto onde estão
Teus tamborins?
Pergunto onde estão
Teus tamborins?
Sentado na porta
De minha casa
A mesma e única casa
A casa onde eu sempre morei
A casa onde eu sempre morei
A casa onde eu sempre morei...

Minha Casa

- Zeca Baleiro -


Simplesmente linda...


Crescer talvez seja isso.


Às vezes é preciso recolher-se. O coração não quer obedecer, mas alguma vez aquieta; a ansiedade tem pés ligeiros, mas alguma vez resolve sentar-se à beira dessas águas. Ficamos sem falar, sem pensar, sem agir. É um começo de sabedoria, e dói. Dói controlar o pensamento, dói abafar o sentimento, além de ser doloroso parece pobre, triste e sem sentido. Amar era tão infinitamente melhor; curtir quem hoje se ausenta era tão imensamente mais rico. Não queremos escutar essa lição da vida, amadurecer parece algo sombrio, definitivo e assustador. Mas às vezes aquietar-se e esperar que o amor do outro nos descubra nesta praia isolada é só o que nos resta. Entramos no casulo fabricado com tanta dificuldade, e ficamos quase sem sonhar. Quem nos vê nos julga alheados, quem já não nos escuta pensa que emudecemos para sempre, e a gente mesmo às vezes desconfia de que nunca mais será capaz de nada claro, alegre, feliz. Mas quem nos amou, se talvez nos amar ainda, há de saber que se nossa essência é ambigüidade e mutação, este silêncio é tanto uma máscara quanto foram, quem sabe, um dia os seus acenos”.

* Lya Luft *

Amar O Inútil.


“É preciso amar o inútil. Criar pombos sem pensar em comê-los, plantar roseiras sem pensar em colher rosas, escrever sem pensar em publicar, fazer coisas assim, sem esperar nada em troca. A distância mais curta entre dois pontos pode ser a linha reta, mas é nos caminhos curvos que se encontram as melhores coisas da vida. A música. Este céu que nem promete chuva. Aquela estrelinha nascendo ali... Está vendo aquela estrelinha? Há milênios não tem feito nada, não guiou os reis magos, nem os pastores, nem os marinheiros perdidos... Apenas brilha. Ninguém repara nela porque é uma estrela inútil. Pois é preciso amar o inútil porque no inútil está a beleza. No inútil também está Deus”.

Lygia Fagundes Telles