Achei interessante a imagem e, em consequência disso, consegui um texto sobre o assunto (segue abaixo extraído da Revista Época). Antes, alguém se arrisca a dizer que isso aí em cima é mentira?! rs
(* OMG *)
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30 GRAMAS DE FETICHE
Uma historiadora de moda inglesa conta em livro a história da calcinha. Conclusão: quanto menores elas são, maior a liberdade das mulheres. (??)
Diariamente, modelos e atrizes do mundo todo são alvos de câmeras indiscretas ávidas por imagens de suas calcinhas – ou da ausência delas, o que costuma fazer um sucesso ainda maior. Esse interesse pelas roupas íntimas alheias revela o significado atual dessas nada inocentes peças do vestuário feminino. Cobiçadas por mulheres e marmanjos (ainda que por motivos diferentes) e com uma variedade de modelos, cores e tamanhos que atende a todos os gostos e ocasiões, as lingeries movimentam a imaginação e o mercado.
Só no Brasil, foram vendidos 835 milhões de peças de moda íntima em 2008, um faturamento de R$ 4,59 bilhões (sem contabilizar o mercado paralelo de fetichistas que compram e vendem calcinhas... usadas) (Argh!). A maioria dos consumidores são mulheres à procura de conforto e sensualidade, mas é crescente o número de compradores homens em busca de um presente repleto de segundas intenções (novidade). As calcinhas modernas pesam em média 30 gramas, mas estão carregadas de significados.
Fica difícil acreditar que esses “objetos do desejo” um dia já foram “objetos do desprezo”, conforme conta o recém-lançado livro Por baixo do pano, da historiadora de moda inglesa Rosemary Hawthorne. “Ao escrever sobre a história das calcinhas, sem perceber, eu estava mapeando a história social da mulher ocidental e descrevendo não só o progresso de suas roupas de baixo, mas o progresso das próprias mulheres”, diz Rosemary. Ela conta que, até o século XVIII, os calções, ou ceroulas, eram peças exclusivas do guarda-roupa masculino e as mulheres que ousassem usá-los eram consideradas “criaturas libertinas e de moral duvidosa” (¬¬). Naquela época, as moças sérias deixavam suas partes baixas livres, leves e soltas. Por baixo dos enormes e pesados vestidos, bastavam uma ou duas anáguas, o corpete e uma camisola de linho diretamente sobre a pele. (Só isso?)
Foi somente por volta de 1800 que surgiram na França os modelos femininos, ancestrais da sensual calcinha contemporânea. Produtos da Revolução de 1789, que simplificou o vestuário da Europa inteira, os calções ou pantaloons vieram para, digamos, diminuir a ventilação por debaixo dos agora mais leves e sensuais vestidos. É perfeitamente compreensível o fato de não terem entusiasmado as moçoilas da época. Com comprimento abaixo dos joelhos ou até os tornozelos e, para piorar, feitos de um tecido “cor de carne”, estavam longe de qualquer ideal estético.
Se a França deu às calcinhas a chance de entrar para a história da moda, foi na Inglaterra, durante o recatado período vitoriano (1837-1901), que elas entraram definitivamente para o guarda-roupa das mulheres de poder aquisitivo – os altos preços surgiram então e, como se sabe, permanecem. Os moralistas vitorianos elevaram as calçolas femininas ao patamar máximo de qualidade, mas preferiam não tocar nesse assunto. Falar sobre roupas íntimas era tabu, pois elas evocavam lembranças embaraçosas sobre detalhes anatômicos. Nas lojas, a seção de lingeries ficava escondida, e nos anúncios publicados em revistas as calçolas apareciam monotonamente dobradas em prateleiras.
As mulheres do século XIX ficariam coradas se vissem nossas tanguinhas coloridas, estampadas, rendadas etc. “A simplicidade das calcinhas fazia sentido em uma época em que as mulheres não mostravam seu corpo nem para os maridos”, diz a historiadora de moda Miti Shitara, professora da faculdade Santa Marcelina. Isso valia para o mundo todo? “A Europa sempre foi o centro da moda. O que era usado na Europa também era no Brasil, inclusive a moda íntima”, afirma Miti.
* (Se não conseguir ler nas imagens, só clicar em cima de cada uma que fica maior).
(Ceroulas, calçolas, caleçons, tangas, asa deltas, strings, biquínis, fios dentais, boy shorts... Com lacinho, sem costura, ultra fina, de renda, da vovó, da netinha... É tudo calcinha! Não é meninas? rs)
Primeira imagem via mighty2save.tumblr.com.
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